Dois homens estão presos em Vitória, graças a um equipamento que protege as mulheres vítimas de violência doméstica. É o chamado botão do pânico. A dona de casa, que prefere não mostrar o rosto, era agredida pelo ex-marido. “Eu apanhei três vezes. Três vezes”, conta. Até que ela foi à delegacia da mulher. A Justiça determinou uma medida protetiva. O agressor teria que manter pelo menos 300 metros de distância, mas ele não obedeceu. “Ele chegou perto do apartamento e gritou dizendo que o imóvel era só dele, e começou a me amedrontar e foi aí que eu apertei o botão do pânico”, declara. A polícia chegou sete minutos depois e prendeu o agressor. O botão do pânico é um aparelho que a mulher deve acionar sempre que estiver correndo risco de ser agredida. Quando alguém aperta o botão do pânico, dispara um alarme em uma sala, onde funciona o videomonitoramento da Prefeitura de Vitória. Imediatamente uma viatura é deslocada para atender a ocorrência. Como sistema disponibiliza um mapa, fica fácil saber o local exato onde está a mulher vítima da agressão. Além do mapa, o policial que vai atender a ocorrência também recebe, no telefone, fotos da vítima e do agressor. É a Justiça que seleciona quem vai receber o aparelho. A prioridade é para as mulheres que são agredidas mesmo com a medida protetiva. Até agora, 50 botões foram distribuídos em Vitória. A intenção é chegar a 200. “Os maridos, os agressores, os companheiros estão tendo receio de agir. E esse receio é justo. Nós temos que tomar medidas para que a mulher seja tratada com devido respeito e para que não haja impunidade no nosso Brasil”, declara Pedro Valls Feu Rosa, presidente do Tribunal de Justiça. |
Fonte: Bom Dia Brasil
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