Deputados conversam com especialistas para analisar as causas do aumento da violência obstétrica no país, na continuação dos trabalhos da comissão especial criada na Câmara sobre o tema. A deputada Lídice da Mata (PSB-BA), uma das autoras do requerimento para a realização da audiência, aponta que é necessário retomar as discussões sobre o parto humanizado no país, como por exemplo o crescimento da demanda por procedimentos domiciliares, o que pode provocar a queda na ocupação dos leitos hospitalares do SUS.
Na avaliação da parlamentar, as ações de parto humanizado podem diminuir a violência obstétrica e o risco de morte das parturientes. Ela lembra que as gerações anteriores de brasileiras em geral tinham seus filhos em casa, com o auxílio de parteiras, e hoje o auxílio de profissionais de medicina e enfermagem pode tornar a prática mais segura.
A congressista considera que a sociedade ainda não tem acesso a informações sobre a violência obstétrica e sobre a humanização dos partos, mas estima que está crescendo uma rede de mulheres que lutam por uma assistência diferenciada, o que inclui a volta do trabalho das doulas, profissionais que acompanham todo o período de gestação, até a hora do parto e nos primeiros momentos com os recém-nascidos. Lídice da Mata também ressalta que cada vez mais os pais desejam participar do momento do parto.
