A ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, comentou a operação policial que sucedeu o assassinato de um soldado da Rota no Guarujá (SP). Ela participou hoje do UOL Entrevista.
A palavra vingança, quando pesa, sempre vai pesar nas pessoas mais fracas e mais pobres, que a gente sabe que são pessoas de pele negra.
É triste e lamentável passar por situações como essa. Temos que pensar como fazer com que seja um antimétodo, e não que esse seja sempre o método.
Costumo lembrar que muitas vezes na Maré a gente não podia entrar e sair por causa da violência. O vizinho ligava e falava: ‘Não cheguem da escola’.
Anielle também lamentou a morte do policial da Rota Patrick Bastos Reis e por todas as famílias que tiveram seus filhos assassinados.
Delação de Élcio de Queiroz
Anielle comentou sobre o acordo de delação premiada de Élcio de Queiroz com a Polícia Federal. Ele dirigia o carro usado para seguir Marielle Franco e deu detalhes do assassinato.
A gente vê o vídeo de um cidadão contando como foi aquele momento, como se ele tivesse falando de um passeio na praia. A frieza dele contando os fatos, o silenciador. Foi o que mais me atravessou, me deixou algumas noites sem dormir.
[A delação de Élcio] dá esperança que ele possa saber e falar mais alguma coisa.