A ministra cita atos como fake news e descredibilização da justiça eleitoral como atos do ex-presidente a serem julgados
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em solos soteropolitanos para reverenciar o Bicentenário da Independência da Bahia, avaliou a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para ela, que figura na lista de Mulheres do Ano de 2023 da Revista Time, diante de tudo que foi cometido pelo ex-presidente, oito anos sem poder se candidatar a cargos públicos ainda ‘foi pouco ainda’.
Anielle é irmã de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, assassinada em 2018 junto ao motorista Anderson Gomes, caso até hoje sem respostas pela justiça brasileira.
“30 de julho, foi um grande dia, que denota que a Justiça brasileira está avançando, no entanto, precisa avançar mais. Afinal é inadmissível a gente deixar uma pessoa que destrata o governo como destratou, que inventa fake news, descrediliza a Justiça eleitoral para o mundo como fez … Para mim, foi pouco ainda”, avaliou a ministra em conversa com o bahia.ba.
Contra Bolsonaro ainda pesam 15 acusações restantes no TSE a serem julgadas. O conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia, Nelson Pellegrino coaduna do mesmo sentimento da ministra.
Com maioria de votos (5 a 2), o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral declarou a inelegibilidade por oito anos do ex-presidente, contados a partir das Eleições 2022. Ficou reconhecida a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho do ano passado.
Walter Braga Netto, que compôs a chapa de Bolsonaro à reeleição, foi excluído da sanção, uma vez que não ficou demonstrada sua responsabilidade na conduta. Nesse ponto, a decisão foi unânime.