Ampliação e promoção dos direitos das mulheres impulsionam a 3º Conferência Nacional em Brasília Os tambores começaram a rufar na abertura da 3º Conferência Nacional de Políticas para Mulheres. Pelos punhos fortes de mais de quarenta percursionistas femininas do grupo brasiliense O Batalá, e em parceria com a cantora Ellen Oléria, também da cidade, cerca de três mil vozes entoaram o Hino Nacional. E o entusiasmo foi ainda maior quando a cantora aumentou o timbre da voz ao cantar, “Das filhas deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil”. O início do evento foi realizado nesta segunda feira, 12/12, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães e tem duração prevista até o dia 15. Para a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, a primeira a discursar na abertura, “fortalecimento e autonomia é o que se pretende com a formulação e implementação de políticas públicas para as mulheres do Brasil”. A prioridade nos próximos anos é a busca da independência econômica e social, pessoal cultural e política. Também ressaltou que o encontro irá consolidar o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, falou sobre o aborto e também negou a intenção da presidenta de fundir a pasta com a Secretaria de Direitos Humanos. O plano de governo de se criar exponencialmente mais creches no país foi mais um ponto enfatizado pela ministra Iriny. A ampliação da participação da mulher no mercado de trabalho está intrinsecamente ligada a construção de espaços de qualidade para as crianças. “Uma das promessas da presidenta Dilma Rousseff é, justamente, construir 6 mil creches até 2014”. No discurso da presidenta da República Dilma Roussef, a exaltação foi ainda maior quando ela negou veementemente as persistentes e falsas notícias veiculadas na grande mídia sobre a possível extinção da SPM. “Esses boatos não tem a menor veracidade. Vamos continuar avançando com essa secretaria que defende os direitos da mulher e a igualdade de gênero. É um instrumento fundamental do meu governo”, enfatizou. Na sequência, falou da importância de ser a primeira presidenta a abrir esse Congresso e lembrou da participação no discurso de abertura da Assembléia da ONU. Sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres do país, ela defende que o Brasil tem superado obstáculos e que passos importantes já foram dados no reconhecimento do papel estratégico das mulheres. E de forma mais abrangente, falou sobre a criação da ONU Mulheres, dirigida pela ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet. Na oportunidade, também citou o compromisso de campanha de honrar, em cada ato e decisão, cada uma das mulheres brasileiras. “Meu governo tem representação feminina expressiva. O século XXI será marcado pelo empoderamento. Estamos resgatando dívidas históricas com as brasileiras e reafirmo que todas tem na presidenta uma aliada incondicional”. Mulheres do PSB na Conferência Secretaria Nacional Dora Pires, secretária nacional de mulheres do PSB estava presente na abertura do evento e ressaltou que esse encontro é muito importante, pois é na conferência que se definem as políticas públicas, que serão implantadas pelo poder público. Mas ela ressalta que infelizmente os partidos políticos não são agentes institucionais nessa cadeia, apesar das políticas públicas serem aplicadas por indivíduos que representam os mais diversos partidos. Ela diz ainda, que as mulheres que tem militância na luta dentro dos partidos, são ignoradas. “Reputo a essa conduta uma esquizofrenia política e concluo dizendo que já chegou a hora de mudar esse pensamento, pois lugar de mulher é em todo lugar. E o lugar onde ela esteja, ela deve se fazer representar”, diz Dora. Senadora Lídice da Mata A senadora ressalta que a participação do partido cresceu. São mais delegadas socialistas eleitas, senadoras, deputadas federais, portanto, cresceu a capacidade de intervenção. “ levamos daqui experiências concretas principalmente para o nordeste onde há a maior concentração de pobreza do país”, conclui. Secretaria de estado de Pernambuco O estado traz uma delegação com cento e uma mulheres. Desse total, 60% da sociedade civil, 30% representantes de governos municipais, como técnicas, secretárias e coordenadoras. Os 10% restantes são do governo estadual com secretários de várias pastas, pois para adoção de políticas de igualdade é preciso que todas estejam envolvidas e assim otimizarem o alinhamento entre as políticas nacionais e estaduais. O governo de Pernambuco, por exemplo, assinou o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulherese quer dar continuidade ao plano nacional com todos os eixos. Cristina Buarque, secretária especial de mulheres do estado de Pernambuco ressalta a importância da assinatura do pacto, “com o repasse de recursos para as secretarias e coordenadorias de políticas para mulheres nos estados e municípios é possível se desenvolver políticas de forma sistemática, acelerando o processo de construção de igualdade entre homens e mulheres”. Secretaria de Estado em Alagoas Para Kátia Born, secretária de Estado da Mulher em Alagoas, essa é uma oportunidade em que se deve discutir e ponderar sobre tudo que vem se construindo com o foco no emponderamento da mulher. Kátia dise que, “esse é o momento em que as mulheres do Brasil esperavam. Foi eleita uma presidenta que vem mostrando que creche, saúde e a preocupação em acabar com a violência contra a mulher fazem parte das prioridades do governo. Temos que aproveitar muito bem esse momento” Estado do Ceará Mônica Barroso, coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres do Governo do Ceará salientou que o estado tem conselho de mulheres desde 1985 e que estas pensam e impulsionam a implantação de políticas públicas de igualdade de gênero. O governo do Ceará também aderiu aoPacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres em 2008 e na sequência criou a Coordenadoria de Políticas Públicas para a Mulher. “Em um ano de implantação dobramos o número de conselhos do Ceará. Nesse ano, o estado realizou conferências em sessenta e cinco municípios e chega a Capital Federal com reivindicações para serem discutidas e revistas”, conclui Mônica. |
Virgínia Ciarlini – Assessoria de comunicação da SNM
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