Segunda mulher a assumir uma cadeira no STF (Supremo Tribunal Federal), a ministra Cármen Lúcia está preocupada com o aumento da violência contra a mulher nos últimos anos – em especial, durante a pandemia.
“A mulher tem voz. Não somos uma minoria silenciosa, fomos silenciadas historicamente”, disse a ministra à coluna. “A Constituição Federal é expressa em garantir direitos iguais para homens e mulheres e não temos isso”, concluiu.
Junto com Rosa Weber, a outra ministra do Supremo, e Ellen Gracie, a precursora do gênero na Corte, Cármen Lúcia organizou um debate apenas com operadoras do Direito para discutir “A Justiça pelo Olhar das Mulheres. O evento será transmitido pela TV Justiça no dia 10.
Entre as participantes estão a presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Maria Cristina Peduzzi; a presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano; a jornalista Flávio Oliveira e a cantora Zélia Duncan.
Cármen Lúcia ressalta que as mulheres sofrem preconceito de gênero em todos os setores, inclusive no Judiciário. Ela diz que, para o homem, é muito mais natural ser promovido, já que eles se encontram socialmente depois do expediente. “A mulher juíza é mãegistrada. Vai ser preciso haver uma mudança”, diz a ministra.
Fonte: UOL