A deputada Fabíola Mansur (PSB) confirmou na reunião ordinária da Comissão dos Direitos da Mulher, ontem pela manhã, a presença, na próxima quarta-feira, do secretário de Educação do Estado, Osvaldo Barreto, que apresentará o Plano de Educação do Estado. A grande expectativa do colegiado é sobre a contemplação na aplicação do gênero mulher.
Fabíola Mansur, presidente da comissão, fez um relato sobre a aprovação da campanha do Ministério Público do Estado da Bahia com o título “Feminicídio – uma realidade que queremos acabar. A promotora Ana Rita Cerqueira Nascimento apresentou um histórico bem minucioso do feminicídio no Brasil. O Brasil tem uma alta taxa de violência contra a mulher e por isso ocupa a sétima posição dos 84 países onde mais se matam mulheres. A Bahia por exemplo ocupa a sexta posição entre os 27 estados em que mais se matam mulheres. A Região Nordeste ocupa a segunda posição com um percentual de 27,8 mulheres que sofrem violência doméstica. ÍNDICES As capitais com elevado índice de homicídios femininos, mais de 10 homicídios em 100 mil mulheres, são Vitória (ES), João Pessoa (PB), Maceió (AL) e Curitiba (PR). Salvador ocupa a quinta colocação neste ranking, com mais de oito homicídios femininos em cada 100 mil mulheres. A campanha do Ministério Público Estadual pelo Fortalecimento de Combate ao Feminicídio destaca também que os dados demonstram que as mulheres com baixo nível de escolaridade são as que mais sofrem com a violência doméstica. Um outro dado aponta que, depois do medo do agressor, a condição financeira é a que mais impede a vítima denunciar o agressor. As maiores taxas de violência contra a mulher se concentram na faixa etária entre 15 a 19 anos, contudo, os delitos têm crescido na faixa entre 20 e 29, nos últimos anos. Na maioria das vezes, o agressor é o marido, companheiro ou namorado. Os motivos são vários, sendo o ciúme a principal causa da agressão.A Arma de fogo ainda é o principal instrumento utilizado na morte de mulheres, seguido de objeto contundente e cortante (arma branca), estrangulamento e sufocação. A violência física contra as mulheres é a mais frequente, seguida da violência moral e da violência psicológica. “O feminicídio é uma realidade que queremos acabar junto com o Ministério Público Estadual e Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa. A violência pode ser denunciada pelo Disque 180”, disse Mansur. |
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Fonte: Assembleia Legislativa do Estado da Bahia
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