Mais de duas mil pessoas reuniram-se nesta terça-feira (20) na capital carioca. O MMulheres marcou presença nas discussões sobre Combate à Fome, Pobreza e Desigualdades
Um dos maiores trunfos da presidência brasileira no Grupo dos 20 (G20) foi a criação do G20 Social, sob responsabilidade da Secretaria-Geral da Presidência da República (SG/PR). Agora – e de forma inédita -, as discussões do G20 ocorrem concomitantemente em três frentes, a Trilha de Finanças, a Trilha de Sherpas, em que está incluído o Grupo de Trabalho de Empoderamento de Mulheres, e a Trilha Social. Mostrando que o G20 Social veio para ficar, mais de duas mil pessoas atuaram em conjunto para organizar demandas e expectativas para a Cúpula Social do G20. A pré-Cúpula ocorreu nesta terça-feira (20), na Fundição Progresso, centro do Rio de Janeiro (RJ).
É a primeira vez que ocorre uma tribuna popular aberta no processo do G20, envolvendo não só organizações da sociedade civil, mas também os movimentos sociais de base.
“O que nós estamos construindo neste momento, a partir da definição política do presidente Lula, é que esse processo seja construído com a participação do povo e da sociedade civil organizada. A fotografia que nós queremos ao final é o povo das 20 economias mais potentes do mundo podendo entregar, documentada, a sua contribuição, a sua reflexão, as suas análises, os seus desejos, as suas angústias, os seus sonhos e as suas dores, para que possam ser avaliadas pelos governos do mundo inteiro”, declarou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República e coordenador do G20 Social, Márcio Macêdo.
O encontro preparatório da Cúpula Social dividiu-se em torno de três eixos prioritários da presidência brasileira no G20 – Combate à fome, pobreza e desigualdades; Reforma da Governança Global e Sustentabilidade, Mudanças Climáticas e Transição Justa. Durante a abertura, além do ministro da SG/PR, também marcaram presença a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; e o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias.
A Secretária Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política substituta do Ministério das Mulheres, Atiliana Brunetto, participou da condução dos debates da Mesa 1, sobre Combate à fome, pobreza e desigualdades.
“O Ministério das Mulheres está neste espaço do G20 Social para pautar, junto aos movimentos sociais, especialmente os movimentos que trabalham as pautas das mulheres, o enfrentamento à violência, a autonomia econômica, a participação das mulheres em todos os espaços. Reconhecemos que este é um espaço para as mulheres estarem também, principalmente porque, no Brasil, nós somos mais da metade da população. Como dizem as mulheres indígenas ‘não podemos construir nada sem nós’. Então estar aqui é dizer que não é possível construir a mudança sem a presença das mulheres”, afirmou Atiliana Brunetto.
As contribuições debatidas no encontro serão sistematizadas em relatórios, que serão posteriormente consolidados em um documento final que servirá de base para as discussões para a Cúpula Social do G20, marcada para os dias 14 a 16 de novembro. Este documento, por sua vez, será apresentado aos líderes do G20 durante a Cúpula de Líderes, que ocorrerá entre 18 e 19 de novembro.
Os movimentos sociais também organizam o Encontro Preparatório da Cúpula Social do G20 junto ao Governo Federal. O comitê organizador da Cúpula Social do G20 reúne, além de representantes do governo, seis entidades que têm assento no comitê organizador da Cúpula do G20 Social: Apib – Articulação Articulação dos Povos Indígenas do Brasil; Abong – Organizações em Defesa dos Direitos e Bens Comuns; CUT – Central Única dos Trabalhadores; Coalizão Negra por Direitos/Uneafro; Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
G20 Participativo
Na ocasião, o governo brasileiro também lançou a adaptação da plataforma de participação social “Brasil Participativo”, que agora abriga também o G20 Social com uma nova ferramenta interativa, o G20 Social Participativo.
Na prática, é um ambiente digital que quebra fronteiras e que pode receber propostas de todo o mundo e de qualquer lugar do mundo. Para brasileiros e brasileiras, é necessário o cadastro no sistema gov.br. Confira clicando aqui.
Fonte : ASCOM / MMulheres