A tentativa de Tabata Amaral (PSB) de atrair o PSDB para o seu arco partidário na disputa pela Prefeitura de São Paulo esbarra na avaliação da cúpula tucana de que a legenda dela muito provavelmente apoiará a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026.
Nesse sentido, ainda que o PT esteja na chapa de Guilherme Boulos (PSOL), a interpretação tucana é a de que a candidatura de Tabata também faz parte da base do governo Lula, em relação ao qual o PSDB tem adotado postura crítica.
Desde o final de novembro, quando Marconi Perillo assumiu a presidência do PSDB no lugar de Eduardo Leite, o partido tem apostado mais firmemente em um projeto de construir candidaturas próprias nas principais cidades.
O objetivo da iniciativa é o de lançar bases que possam sustentar uma candidatura em 2026 que seja uma alternativa ao petismo e ao bolsonarismo.
Em São Paulo, o nome que hoje tem mais força atualmente para uma candidatura tucana é o de Andrea Matarazzo.
Diante da improbabilidade de que a deputada federal tenha o apoio do PSDB, o apresentador José Luiz Datena ganha mais força para o posto de vice na chapa.
A confirmação de Datena no posto tem sido condicionada às negociações partidárias com PSDB e Avante e também à decisão do próprio apresentador, que tem enfrentado problemas de saúde e que já desistiu de concorrer a cargos públicos quatro vezes. Ele se filiou ao PSB em dezembro.
Fonte: Folha de São Paulo