Das 35 personalidades que serão agraciadas com a medalha Mérito Legislativo da Câmara dos Deputados neste ano, apenas quatro são mulheres.
A condecoração é voltada a autoridades e personalidades, além de entidades, campanhas e movimentos que tenham prestado serviços relevantes ao poder Legislativo ou ao Brasil. Cada líder partidário pode fazer uma indicação, enquanto membros da mesa diretora da Casa podem sugerir dois nomes cada um.
Neste ano, serão homenageadas a advogada Carol Proner, que foi indicada pela líder do PC do B, Jandira Feghali (RJ); a ex-deputada Irma Passoni, indicada pelo líder do PT, Zeca Dirceu (PR); a líder quilombola Mãe Bernadete, assassinada a tiros em agosto, indicada pelo líder do PSOL, Guilherme Boulos (SP); e a servidora da Câmara Maria Madalena da Silva, indicada pelo deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP), primeiro suplente da mesa.
“Serem poucas mulheres é muito ruim. É lamentável que tão poucas sejam homenageadas com tantas mulheres importantes em tantas áreas e dimensões da vida e os partidos só indicarem homens”, diz Jandira ao Painel.
A baixa representatividade de mulheres entre as homenageadas reflete o cenário da Câmara. Das 513 cadeiras disputadas nas eleições de 2022, 91 foram obtidas por mulheres.
Na atual legislatura, só há uma líder mulher (Jandira Feghali), além de Adriana Ventura (Novo-SP) como representante do partido na Casa. Na mesa diretora, das 11 cadeiras, somente uma é mulher: a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que é segunda secretária.
Também estão entre as personalidades que irão receber as medalhas neste ano os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, André Mendonça e Gilmar Mendes.
Eles foram indicados respectivamente por Luciano Bivar (União Brasil-PE), primeiro secretário da mesa, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), segundo vice-presidente, e Elmar Nascimento (União Brasil-BA), líder da União Brasil na Casa.
A solenidade da premiação está prevista para ocorrer no plenário da Câmara no próximo dia 6 de dezembro.