Campanha da deputada federal Tabata Amaral (PSB) à Prefeitura de São Paulo prevê fechar acordo para vice da chapa apenas em 2024
Pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) pretende contar com o correligionário Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, em seu palanque eleitoral no próximo ano.
Ao Metrópoles, aliados da deputada disseram que o apoio já foi confirmado pelo próprio Dino, que aceitou gravar vídeos para auxiliar a campanha de Tabata em 2024.
A popularidade de Dino, cotado para ser o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), é vista pela campanha como um fator para tornar a deputada mais conhecida na capital paulista – de acordo com o Datafolha, Tabata é desconhecida por 50% do eleitorado.
Outro pessebista que também deve apoiar a candidatura é o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Além deles, Tabata já conta com as bênçãos de outros caciques do PSB, como o ministro Márcio França (Empreendedorismo) e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Pessoas próximas à parlamentar afirmaram que, durante o primeiro semestre, ela se dedicou a não deixar “nenhuma ponta solta” dentro do PSB antes de se lançar às ruas, mesmo que isso a deixasse atrás de rivais como o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) nas agendas junto aos eleitores.
Calma para definir vice de Tabata
As costuras internas demandam, ainda segundo aliados, calma para definir quem será o vice da chapa. Internamente, a campanha não vê possibilidade de definir, ainda em 2023, quem será o vice.
O apresentador José Luiz Datena, filiado ao PDT, mantém conversas com o PSB para ser o vice de Tabata, embora a decisão de um eventual embarque na chapa pessebista não envolva apenas a capital paulista. Caso os partidos acertem uma aliança, ela também será válida para as eleições municipais de Fortaleza e do Recife.
Para os pessebistas, há diversos partidos cujo apoio ainda é considerado uma incógnita. É o caso do PSDB.
O presidente nacional da legenda, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, já manifestou interesse em apoiar Tabata. Mas a nível estadual e municipal, a preferência dos tucanos, que mantém cargos na Prefeitura, é a de apoiar a reeleição de Nunes, que foi vice do ex-prefeito tucano Bruno Covas (morto em 2021).
Outras variáveis
A campanha de Tabata também trabalha com outra série de variáveis que não dependem do PSB, como a possibilidade de disputar a eleição contra nomes como os deputados federais Kim Kataguiri (União Brasil) e Ricardo Salles (PL).
Tanto Kim quanto Salles enfrentam resistência dentro dos respectivos partidos para se lançarem candidatos – as siglas de ambos já manifestaram que pretendem apoiar a reeleição de Nunes.
O eventual apoio de outros partidos ao PSB também depende do que for definido em relação aos dois deputados. O Patriota, por exemplo, já sinalizou que apoiará Tabata se Salles não for candidato, já que a preferência da sigla é por integrar o palanque do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL).
Até o momento, a expectativa do PSB, que se vê isolado na disputa à Prefeitura, é contar com o apoio do Avante, que seria o primeiro partido a anunciar apoio à chapa de Tabata para 2024.