Benedita da Silva (C): “Precisamos mudar essa realidade de sub-representação”
Combater a violência contra as mulheres é uma das prioridades
As deputadas que coordenarão a Secretaria da Mulher da Câmara no biênio 2023/25 tomaram posse nesta terça-feira (23). Benedita da Silva (PT-RJ), Soraya Santos (PL-RJ) e Yandra Moura (União-SE) vão comandar, respectivamente, a Coordenadoria-Geral dos Direitos da Mulher, a Procuradoria da Mulher e o Observatório Nacional da Mulher na Política.
Em seu discurso, Benedita listou as prioridades de sua gestão:
– enfrentar a violência contra meninas e mulheres;
– ampliar a Rede Nacional de Procuradoras da Mulher nos estados, no Distrito Federal e nos municípios;
– financiar pesquisas sobre a participação da mulher na política;
– combater a violência política contra as mulheres;
– atuar para aumentar a participação feminina na política, nos espaços eletivos, de poder e decisão;
– aprimorar a legislação e ampliar as campanhas relacionadas à saúde da mulher;
– pautar projetos de interesse das deputadas e promover a participação das parlamentares em atos do Parlamento; e
– atuar para manter a unidade da bancada feminina.
“Em 2022, elegemos a maior bancada de mulheres da história da Câmara dos Deputados, com 91 eleitas. Apesar disso, representamos apenas 17,7% do número total de deputados. Se colocássemos todas as eleitas até hoje, desde 1932, teríamos 329 eleitas e não encheríamos o Plenário da Câmara dos Deputados”, destacou Benedita.
“Precisamos mudar essa realidade de sub-representação e garantir que as mulheres, que representam mais de 50% da população, estejam representadas nos espaços eletivos, de poder e decisão deste país”, acrescentou.
Na mesma linha, Soraya Santos afirmou que a bancada feminina “não vai baixar guarda” enquanto não houver equidade entre homens e mulheres em todos os espaços de trabalho, seja no setor público ou na iniciativa privada.
Já Yandra Moura disse que o Observatório Nacional da Mulher na Política funcionará como um instrumento de monitoramento e análise de dados capazes de influenciar na construção de normativos que induzam à democracia de gênero no País.
“Se pretendemos avançar na construção de legislações que ampliem a representatividade da mulher nos espaços políticos e de poder, e se pretendemos avançar com nossas pautas dentro e fora do Parlamento, é fundamental fortalecer estruturas como o Observatório”, disse.