A ministra da Cultura, Margareth Menezes, e integrantes da Administração Nacional de Rádio e Televisão da China posam durante cerimônia de assinatura do acordo entre os dois países — Foto: MinC/Divulgação
Titular do MinC, Margareth Menezes integra a comitiva brasileira em viagem ao país asiático; tratado prevê participação criativa e financeira em produtos para a televisão dos dois países
Integrante da comitiva brasileira em viagem à China, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, assinou nesta sexta-feira (14) um acordo de coprodução entre o Ministério da Cultura (MinC) e a Administração Nacional de Rádio e Televisão da China (NRTA) para fomentar a criação de conteúdos audiovisuais para a televisão entre os dois países. O ato fez parte do pacote de acordos assinados no Grande Palácio do Povo, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país asiático.
O tratado prevê participação criativa, técnica e artística proporcional à financeira, composição de equipe técnica e artística que atenda aos regramentos de cada país, com filmagens ocorrendo em um dos dois países, dentre outros pontos.
“A China tem um legado muito grande. É uma civilização muito antiga e que tem uma preservação da sua memória, um respeito à sua tradição, um grande exemplo que a China dá a todos nós. Acho que vai ser muito bom essa retomada do Brasil com a China, precisamos aproveitar este momento. Há um potencial gigantesco”, declarou a ministra, em sua primeira viagem oficial internacional.
De acordo com a Secretária de Audiovisual do MinC, Joelma Gonzaga, o objetivo principal do acordo é promover o intercâmbio cultural e a cooperação televisiva, em conformidade com a legislação nacional e as regulamentações em vigor nos dois países, e por meio de negociações amigáveis. “A assinatura está em consonância com os objetivos de integração e desenvolvimento do setor audiovisual brasileiro e cooperação entre o Brasil e outros países, visando tanto a excelência técnico-artística quanto a internacionalização das obras audiovisuais brasileiras”, disse.
As obras coproduzidas nos termos do acordo receberão tratamento nacional em ambos os territórios e poderão se beneficiar dos mecanismos de incentivo ao setor tanto no Brasil como na China, como financiamento público, tributação mais vantajosa e cotas de exibição, entre outros. Além disso, o acordo não cria ônus para o Estado ou despesas para as partes, servindo apenas de base para futuros contratos.