A bancada feminina na Câmara dos Deputados abriu seus trabalhos em 2022 ouvindo demandas das parlamentares que integram o grupo.
Durante a primeira reunião do ano, realizada nesta terça-feira (15/02), a bancada feminina debateu a pauta prioritária de projetos e o balanço da atuação em 2021; a programação do mês de Março, voltado às mulheres; a reformulação do site da Secretaria da Mulher, com a inclusão de novos perfis e fotos das deputadas; o aumento de Procuradorias da Mulher nos estados e municípios; além de temas para o programa de entrevistas Elas Pautam, da TV Câmara.
A expectativa da coordenadora da bancada, deputada Celina Leão (PP-DF), é encaminhar para debate na reunião de líderes as propostas mais urgentes para a bancada feminina, e votar rapidamente, já que será um ano marcado pelas eleições gerais. “As deputadas ficaram de encaminhar seus projetos prioritários, para que a gente possa tirar um consenso sobre a votação. Este ano é atípico, pois é um ano eleitoral e as deputadas estarão mais nas suas bases”, afirmou Celina, após participar da reunião.
Segundo a coordenadora, a ideia é dar prioridade aos projetos escolhidos pela bancada e continuar fortalecendo o debate sobre a ampliação da participação de mulheres na política: “Queremos aumentar o número de deputadas eleitas para o Parlamento [em 2023], e essa decisão passa por ações e debates para aprimorar a legislação, envolvendo outros segmentos como a Justiça Eleitoral e os partidos políticos”, afirmou.
Em relação às eleições, a deputada Soraya Santos (PL-RJ) sugeriu reforçar o debate e as orientações sobre a utilização obrigatória de recursos para campanhas eleitorais de mulheres, de modo a regulamentar o uso dos Fundos Eleitorais em chapas com a participação feminina”.
Projetos em andamento – A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que também participou da reunião, destacou três projetos importantes para a mulher brasileira, em sua avaliação. “Um deles é a pauta do trabalho igual, salário igual (PLC 130/2011), que não foi concluída na Câmara dos Deputados. O segundo é a questão da pobreza menstrual (PL 4968/2019), que o governo vetou e precisamos derrubar esse veto de qualquer maneira. O terceiro é o PL 2647/2021, que trata da aposentadoria das mães. A Argentina avançou neste tema e aqui também precisamos avançar”, elencou Jandira.
Balanço legislativo da pauta feminina – Celina Leão destacou, por outro lado, a votação de 61 proposições voltadas às mulheres pela Câmara em 2021, das quais 21 viraram leis. Ela também disse que deve se reunir com a bancada feminina do Senado Federal para acordar a votação de temas que já passaram pela Câmara, como a classificação do feminicídio como tipo específico de crime e não mais como agravante (PL 1568/2019). “Precisamos avançar nas conquistas que entendemos como urgentes”, afirmou Celina.
A coordenadora da bancada feminina ressaltou ainda a preocupação permanente com a execução do chamado Orçamento Mulher no País: “Além de definirmos prioridades, temos que fiscalizar a execução desse orçamento, verificar se as políticas públicas estão sendo executadas na ponta.”
Crescimento de Procuradorias da Mulher – A procuradora da Mulher, deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), destacou as ações para incentivar a criação de Procuradorias da Mulher nos estados e municípios, e listou parte das atividades que serão realizadas durante a programação da campanha Março Mulher, que incluirá o II Encontro Nacional de Procuradoras da Mulher.
Além das deputadas Celina Leão, Tereza Nelma, Soraya Santos e Jandira Feghali, participaram presencialmente da reunião as deputadas Carmen Zanotto (Cidadania-SC) e Joenia Wapichana (Rede-RR) e, remotamente, as deputadas Ângela Amin (PP-SC), Flávia Morais (PDT-GO), Lídice da Mata (PSB-BA), Norma Ayub (DEM-ES), Rejane Dias (PT-PI) e Professora Rosa Neide (PT-MT).
16/02/2022 – Ascom – Secretaria da Mulher com Agência Câmara de Notícias
Fonte: Câmara dos Deputados