A luta pela promoção da igualdade racial no país não pode, nem deve arrefecer pois a abolição da escravatura no Brasil ainda está inconclusa. Inconclusa porque a desigualdade racial, bem como as manifestações racistas e discriminatórias continuam fazendo parte do nosso cotidiano e cada vez de maneira mais ostensiva, em que pese os avanços significativos obtidos nos últimos anos, por meio de políticas públicas, tais como a introdução das cotas no ensino superior, a inclusão no ensino fundamental do estudo da história e da cultura afro brasileira, e o reconhecimento das terras remanescentes de quilombos.
Talvez até por conta destes avanços é que os setores conservadores e racistas de nossa sociedade, estejam tão ativos ultimamente e provocando tantos retrocessos no campo dos direitos humanos, a exemplo do que temos visto no tocante a intolerância religiosa às religiões de matriz africana, as manifestações racistas nos campos de futebol e a violência contra a juventude negra. Neste sentido, as redes sociais tem sido um campo fértil para a disseminação de preconceitos e discriminações, onde o anonimato de um lado e a liberdade de expressão do outro têm sido utilizadas para a garantia da impunidade. Por isto mesmo precisamos continuar firmes e fortes, não só para consolidar o que já conquistamos, que não é pouco, como também para fazermos avançar as políticas de promoção da igualdade racial que a sociedade brasileira precisa. Viva Zumbi dos Palmares! Viva o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra! |
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Assessoria Lídice da Mata
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