O Seminário Pensar a Bahia Sustentável: Turismo, realizado ontem em Salvador, aprofundou a discussão do que eu sempre pensei sobre o turismo. Uma atividade econômica estratégica para um estado como a Bahia. É preciso posicionar o turismo como um eixo de desenvolvimento sustentável em um estado que além de ser belíssimo, tem cultura singular e muita história para contar. Este setor pode melhorar a vida das pessoas gerando milhares de empregos nas comunidades e movimentando a economia do estado. São nada menos que 52 elos que estão ligados à sua cadeia produtiva. Vai desde a confecção do artesanato, da culinária à produção do lençol que serve aos hotéis, ao aluguel de bicicletas ou da especialização de enólogos que trabalham no roteiro do vinho, no Oeste. Hoje, acreditem, Porto Seguro tem 45 mil leitos em hotéis e pousadas, mas não produz nada que esse parque consome. Exportamos empregos para outros estados. Há pouco tempo, até as fitas do Bonfim eram feitas em Minas Gerais e São Paulo. No Mercado Modelo, 70% dos produtos vêm de fora da Bahia. Precisamos ampliar a qualificação profissional e empresarial. No Seminário, saíram sugestões ainda da necessidade de repensar o modelo de ocupação do Centro Histórico de Salvador, ampliar o orçamento para a promoção da Bahia como destino turístico, fortalecer o calendário anual de turismo, incrementar parcerias público-privadas para a promoção turística através de editais e, principalmente, priorizar o receptivo, para fidelizar o turista. É importante também tirar do papel o projeto que transfere o Parque de Exposições para Feira de Santana e, no local, construir a Cidade da Música, um empreendimento que deve gerar cerca de 6 mil empregos e colocar Salvador no roteiro dos grandes espetáculos. A discussão ontem foi boa, rendeu muito mais frutos que teremos a chance de apresentar a vocês daqui para frente. |
Senadora Lídice da Mata PSB/BA
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