Proporção de assentos ocupados por mulheres em todo o mundo aumentou 1,5% no ano passado, alcançando o recorde de 21,8% A proporção de assentos ocupados por mulheres nos Parlamentos em todo o mundo aumentou 1,5 ponto percentual no ano passado, alcançando o recorde de 21,8 por cento, quase o dobro desde 1995, segundo um estudo da União Inter-Parlamentar e da ONU Mulheres apresentado nesta terça-feira. No entanto, o diretor-executivo adjunto da ONU Mulheres para a política e programa, John Hendra, alertou que “nesse ritmo, vai demorar décadas para se chegar à paridade de gênero nos Parlamentos”. Ele declarou que medidas especiais temporárias, como cotas, o apoio de partidos políticos e um movimento forte das mulheres foram fatores fundamentais para elevar o número de mulheres nos Parlamentos em todo o mundo. “Alcançar a igualdade de gênero na participação política exige que se aborde toda a gama de barreiras que as mulheres enfrentam para disputar eleições”, disse Hendra. “Essas barreiras incluem o preconceito de gênero e a discriminação, atitudes culturais que levam as mulheres a serem vistas como menos capazes e dignas de liderar, o desafio de levantar fundos suficientes de campanha, o combate à corrupção e compra de votos e o apoio insuficiente de partidos políticos e meios de comunicação.” O estudo constatou que nos governos as mulheres detinham 17,1 por cento dos cargos ministeriais, enquanto em 2008 elas eram 16,1 por cento. Cada país da África e das Américas tem pelo menos um ministro do sexo feminino, disse ele. Mas o Líbano, Arábia Saudita, Paquistão, Brunei, São Marino, Bósnia, Ilhas Salomão e Vanuatu não têm mulheres em cargos no governo. As Américas tem o nível mais alto de mulheres no Parlamento, com 25,2 por cento, enquanto o mundo árabe apresentou o maior aumento da participação no último passado, de 13,2 para 16 por cento. Na África e Europa houve uma ligeira alta, para 22,5 por cento e 24,6 por cento, enquanto que a Ásia tem 18,4 por cento e o Pacífico, 16,2 por cento. Ao todo, 18 mulheres são chefes de Estado – uma a menos do que no ano anterior.
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Fonte: Exame.com
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