No Fórum Global da Educação, em Dubai, diretora da agência afirma que 31 milhões de meninas estavam fora da escola; Irina Bokova considera “um desperdício de talento que nenhuma sociedade pode pagar”. A chefe da Unesco, a agência da ONU para Educação, Ciência e Cultura, pediu esta segunda-feira a governos, setor privado e sociedade civil para garantir educação de qualidade para meninas. Irina Bokova falou no segundo Fórum Global da Educação em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Segundo ela, 31 milhões de meninas estavam fora da escola em 2011, e Bokova acredita que 55% deste total nunca irá para a sala de aula. Força Transformadora A diretora da Unesco afirmou também que as mulheres representam dois terços dos 774 milhões de adultos analfabetos. Para Bokova, isso é “um desperdício de talento e da habilidade humana, que nenhuma sociedade pode bancar.” A educação de meninas multiplica o desenvolvimento e é uma das forças mais “transformadoras para a paz e a inclusão social”, defendeu Irina Bokova. Benefícios A chefe da Unesco está preocupada com a possibilidade de uma “geração de jovens mulheres” sendo deixada para trás, caso não aconteça um esforço global para mudar essa situação. Bokova lembra que mulheres que tem um certo nível educacional conseguem ter famílias mais saudáveis, com maior rendimento e assim, contribuem para o crescimento de seus países. Iniciativa A representante da agência da ONU também falou sobre a Parceria Global para a Educação de Meninas, iniciativa lançada em 2011 por ela, pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, e pela ex-secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Até o momento, mais de 20 mil pessoas já foram beneficiadas com projetos educacionais em sete países, como Etiópia, Nigéria, Quênia, Paquistão e Tanzânia. Nos próximos dois anos, a Unesco pretende aumentar o número de parceiros e ampliar a cobertura da iniciativa, aumentar os investimentos e apoiar projetos nos países do eixo Sul-Sul. |
Fonte: Rádio ONU
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