Primeiro eles xingam, depois batem e, supostamente se arrependem. Ciclo se repete inúmeras vezes.A violência doméstica existe em muitos lares brasileiros, mas será que dá para prevenir? Homens que agridem as mulheres seguem um ciclo de violência, composto por três fases: – Na primeira, surgem as agressões verbais, xingamentos, crises de ciúmes e destruição de objetos; Isso aconteceu com uma manicure, que não quis se identificar. “Sempre achava que não ia ter outra vez, que ele não ia chegar a esse ponto”, conta. Em três meses de relacionamento, ela apanhou quatro vezes. “Com socos, pontapés, tapa”. A última surra foi a mais agressiva. “Ele me agrediu com uma barra de ferro e abriu minha cabeça.” O crescimento no número de mulheres que denunciam a violência está ligado a uma mudança de comportamento. Mais brasileiras estão procurando a polícia quando começam a sofrer ataques verbais e ameaças. Na primeira fase, a vítima já tem direito a uma rede de apoio, com psicólogos e assistentes sociais. Além disso, algumas medidas podem ser tomadas, como afastar o agressor do lar. “Se a mulher pedir a medida protetiva, e a medida for deferida, se ele descumprir qualquer daquelas cláusulas, ele pode ser preso. E isso é uma grande arma que a mulher tem, ela pode, nesse descumprimento dessa ordem judicial, ele pode ir preso, mesmo após uma injúria”, explica a delegada Teresa Pezza. Nos primeiros seis meses do ano passado, o Ligue 180, da Central de Atendimento à Mulher, registrou mais de 300 mil queixas no país. A ligação é de graça e pode ser feita de qualquer tipo de telefone. O número funciona 24 horas. Crime passional Uma discussão por ciúmes, durante o desfile de um bloco, pode ser o motivo de um duplo assassinato em Olinda. A professora Sandra Lúcia Gonçalo Fernandes e o filho de dez anos foram mortos a facadas. O namorado da professora, Marcos Aurélio Barbosa da Silva, foi preso e confessou o crime.
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Fonte: Jornal Hoje
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