Aparelho denuncia o agressor quando ele investe contra a vítima. Botão é entregue para vítimas de violência doméstica em VitóriaEm Vitória, as mulheres que registram queixa de violência doméstica recebem um botão do pânico para usarem no momento em que se sentirem ameaçadas. O aparelho denuncia o agressor no momento em que ele investe contra a vítima. O aparelho cabe na palma da mão. Quando a mulher aperta o botão, imediatamente dispara um alarme na central de monitoramento da Prefeitura. Na tela do computador aparece um mapa, mostrando onde estão a mulher e a viatura mais próxima. No caminho, os policiais recebem pelo celular uma foto da vítima, da casa dela e do agressor. O equipamento também grava o som no local onde está a mulher. “Além de transmitir o áudio ao vivo para o operador, ele também realiza a gravação para servir de prova”, explica o especialista em informática Lucas Vieira. Só as mulheres que procuraram a polícia e conseguiram uma medida protetiva podem receber o botão do pânico. Essa medida é uma ordem da justiça que impede o agressor de se aproximar da mulher. Entretanto, é difícil fiscalizar se o homem está obedecendo a lei. Com o botão, a mulher fica mais protegida. Priscila Vieira foi agredida pelo namorado e desde abril não sai de casa sem o equipamento. Até agora não precisou apertar o botão do pânico, mas ele sempre está dentro da bolsa. “ É um acessório muito fácil, eu aperto e já tem minha localização, a foto dele, a gravação, não tem como fugir”, conta. Mais de cem aparelhos já foram distribuídos em Vitória e três homens foram presos. Para a juíza que idealizou o projeto, Hermínia Azoury, o botão do pânico já evitou um número bem maior de agressões, porque ele inibe a ação dos homens violentos. “Os homens sabem que a mulher tem o botão do pânico e ele nem sequer se aproxima. O homem tem medo de prisão. Em princípio uma prisão em flagrante que pode se transformar em prisão preventiva e isso dá temor”, conclui a juíza. A mulher não tem prazo para devolver o equipamento. Ela fica com o botão do pânico até quando achar necessário.
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Fonte: Jornal Hoje
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