A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) participou nesta terça e quarta-feiras, 12 e 13, em Brasília, do Seminário das Mulheres Socialistas “As Mulheres e as Eleições de 2014”. No painel sobre “Os avanços e conquistas das mulheres no Parlamento Federal Brasileiro”, compôs a mesa junto com as deputadas socialistas Luiza Erundina e Keiko Ota. Partido– Janete alertou que as mulheres dedicam 3 vezes mais horas de trabalho em casa do que os homens. “Isso facilita muito a vida dos nossos companheiros”. Por outro lado dificulta a participação política da mulher. “Por isso temos que conquistar nossas famílias para as campanhas. E devemos exigir que o partido nos dê condições para participarmos dela: espaço para o debate, material, recursos financeiros, equipe de trabalho, para que nossas candidaturas não sejam apenas para cumprir a lei”. Hoje, a legislação obriga que haja, no mínimo, 30% de candidaturas de um dos gêneros. Conquistas– No terceiro mandato federal, Janete lembra conquistas como a inclusão do financiamento das creches públicas e filantrópicas pelo Fundo Nacional Para o Desenvolvimento da Educação – FUNDEB, para o que ela mesma havia apresentado um projeto, o do Fundo Nacional da Educação Infantil – FUNAEI, ainda em 2003. A materialização do voto eletrônico é outro resultado do seu trabalho no parlamento. Outras conquistas resultantes da atuação da Bancada Feminina no Congresso é a Lei Maria da Penha, a da aposentadoria das donas-de-casa, os direitos das empregadas domésticas, a licença maternidade de 6 meses às mulheres trabalhadoras. A parlamentar amazônida deu destaque especial à Lei 11.970, que visa erradicar os acidentes na navegação ribeirinha. Uma conquista das mulheres da Amazônia. Apresentada por ela em 2007 a pedido das mulheres vítimas de escalpelamentos, a Lei já contribuiu para reduzir os acidentes em 75% e desencadeou outras ações como o debate para modernizar e tornar mais segura a navegação na região e os mutirões de cirurgias plásticas reparadoras feitos pelo Governo do Amapá que já atenderam 64 mulheres no Amapá e as de implante de prótese auriculares em 24 pacientes, em fase de desenvolvimento. Equidade– “Queremos homens como aliados, mas, sem dúvida, as conquistas dependerão mais do nosso empenho, da nossa garra, da nossa determinação para promover a transformação”, incentivou a socialista que iniciou sua militância política aos 16 anos e enfrentou a prisão pela ditadura civil-militar e o exílio ao lado do companheiro, o senador João Capiberibe. Amapá– Uma comitiva de 11 mulheres amapaenses, além da deputada Janete Capiberibe, participou do Seminário: a deputada estadual e secretária de Estado Cristina Almeida, a prefeita de Itaubal Ester Cândido, a vice-prefeita de Porto Grande Girleide Lima, a vice-prefeita de Calçoene Geida Pontes, a vereadora de Calçoene Maria Neli, a vereadora de Oiapoque Angelina Santos (Tida), a secretária estadual de mulheres do PSB Ely Almeida, Aline Rocha, Luciana Capiberibe, Valesca, Ana Zilda e Socorro Lacerda. Brasil– As mulheres ocupam 8,7% das vagas na Câmara dos Deputados e 12,3% no Senado Federal. O Brasil tem uma das menores representações femininas de todo o mundo nos poder público. Apenas em 2011 e 2012 uma mulher ocupou um cargo na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Fundado em 1947, o PSB elegeu a primeira deputada federal (Adalgisa Nery) em 1960. Hoje, quatro deputadas federais são do PSB. O Amapá foi o único estado da federação que já teve 50% da bancada da Câmara dos Deputados composta por mulheres, na 53ª legislatura, entre 2007 e 2011. |
Sizan Luis Esberci Gabinete da deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP)
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