A relatora das Nações Unidas sobre violência a mulheres está criticando os níveis de violência e privações enfrentadas por detentas em prisões femininas. No relatório sobre “Causas, Condições e Consequências da Prisão de Mulheres”, apresentado à Assembleia Geral, Rashida Manjoo diz que muitas vezes, as mulheres cometem atos ilegais por causa da pressão de parceiros abusivos. Adultério A relatora afirmou que em alguns países, as prisões ocorrem devido aos chamados crimes de ordem moral como por exemplo adultério e sexo fora do casamento. Mas até mesmo quando a mulher é estuprada, ela é quem acaba na cadeia. Uma das maiores razões para a prisão de mulheres no mundo são as crescentes políticas de combate ao uso e tráfico de drogas. A relatora da ONU destacou ainda a forma como o estereotipo pode provocar efeitos negativos sobre as mulheres incluindo casos específicos de violência, se comparados a detentos do sexo masculino, por exemplo. Ligação Forte A taxa de detenção é maior entre mulheres que pertencem a minorias étnicas e raciais. Geralmente, existe uma ligação forte entre casos de violência contra mulher e a prisão. No caso das presas, os dados mostram que antes de serem capturadas, elas eram vítimas de violência em uma escala muito superior à admitida pela sistema de justiça. As mulheres também enfrentam condições muito mais duras na prisão que os homens. Elas ficam sujeitas a várias formas de violência incluindo estupros por presos e por guardas carcerários. Muitas delas são apalpadas de forma abusiva durante revistas e até forçadas a se prostituir. A relatora da ONU está tratando ainda do caso de crianças que vivem com as mães em prisões, e da situação de mães solteiras ou que são as principais responsáveis pelos filhos, e que efeitos a prisão delas tem sobre as crianças. |
Fonte: Rádio ONU
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