A participação da mulher no poder norteou o debate entre parlamentares, filiadas e simpatizantes da luta socialista. Ato de filiação contou com a presença do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), do presidente regional Marcos Dantas e de parlamentares da legenda atuantes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal
A Secretaria de Mulheres do Distrito Federal celebrou, na quarta-feira (10), a chegada de novas 30 filiadas ao PSB-DF em ato de filiação que reuniu mais de 100 mulheres socialistas e lideranças sociais da capital do País. Com a presença do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), do presidente regional Marcos Dantas e de parlamentares da legenda atuantes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, as militantes destacaram a importância do gênero para a organização partidária e o engajamento político. A secretária de Mulheres do DF, Mariana Salles, conduziu a cerimônia de filiação. Também presente no ato, o presidente do PSB-DF elogiou a organização do segmento em congregar mulheres de várias cidades para discutir política. “Posso dizer que faço parte de um partido que acredita no poder da mulher e dos movimentos sociais como instrumentos fundamentais para a construção de políticas públicas que alcancem e transformem a vida da população”, afirmou. “A política pode sim fazer a diferença na vida de toda a sociedade. O PSB-DF só cresce e se fortalece com a vinda das novas militantes”, disse Dantas. Veja outras fotos do ato de filiação no Flickr do PSB-DF. Clique aqui A participação da mulher no poder norteou o debate entre parlamentares, filiadas e simpatizantes da luta socialista. A deputada federal Luíza Erundina (PSB-SP) comparou a representatividade do gênero no Congresso Nacional com o número de eleitores brasileiros. Atualmente, as mulheres formam 52% de toda a população com direito a voto. “No entanto, não temos nem metade do número de deputadas e senadoras em atuação. Faltam espaço e interesse dos partidos em ampliar a participação feminina. Chegou o momento da mulher garantir o espaço representativo na política”, disse a parlamentar. A mesma linha de defesa do gênero foi seguida pela deputada federal Keiko Ota (PSB-SP). “Nós, mulheres, temos que manifestar e ajudar o nosso Brasil e isso deve ser feito por meio da política”, disse.
Garantir a presença de mulheres como articuladoras na construção de políticas públicas para todos os setores sociais, não voltadas somente para as questões de gênero, foi destacada pelo senador Rollemberg. “A participação das mulheres é fundamental pela qualidade da contribuição que elas podem e devem ter na elaboração de políticas que melhorem a qualidade de vida da família, do bairro e da cidade onde vivem”, argumentou Rollemberg. “É com energia conjunta de mulheres e homens que trabalharemos para ter um DF mais justo e melhor para todos”, explicou.
Na avaliação da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), a dupla jornada de trabalhadora e de dona de casa vivida pela maioria das mulheres credencia o gênero para assumir cargos de articuladoras políticas e gestoras públicas. “Se alguém quer governar bem precisa, em primeiro lugar, ouvir as mulheres. Elas são os olhos e os ouvidos de um bom governante, por conhecerem o que se passa dentro de casa e fora dela, de quando não tem professor na escola até quando falta médico para atender um filho no posto de saúde”, analisou a socialista.
Falta representatividade
Levantamento do Ibope e do Instituto Patrícia Galvão aponta que o Brasil ocupa o 121º lugar com relação à participação das mulheres na política em um ranking de 189 países. No Senado Federal, entre 81 vagas, apenas 13 são ocupados por mulheres, sendo que, atualmente, oito senadoras exercem ativamente a atividade. Apenas uma das 11 comissões da Casa é presidida por uma senadora. Na Câmara dos Deputados, das 513 vagas, 44 são ocupadas por mulheres e apenas uma das 21 comissões permanentes é liderada por uma deputada. As mulheres ocupam apenas 10% das prefeituras e representam 12% dos membros das câmaras municipais.
Para a deputada federal Sandra Rosado (PSB-RN), o desafio de ampliar os direitos políticos das mulheres é grande, mas deve ser a meta de qualquer partido que queira ser o espelho da sociedade. A parlamentar também elogiou a interação da legenda com os segmentos sociais do DF. “É muito importante que Brasília mostre para o restante do país que as mulheres socialistas estão atuantes e querem melhorias para a sociedade”, afirmou. “Temos avanço, mas precisamos concretizar isso e é justamente por isso que precisamos ter mais participação política em todas as instâncias de poder”, ressaltou a socialista.
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Fonte: PSB/DF
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