Nós mulheres do Movimento de Mulheres Camponesas – MMC, vindas de 23 estados, representantes de outras organizações populares, feministas,nacionais e internacionais da classe trabalhadora com o lema “Na Sociedade Que a Gente Quer, Basta de Violência Contra a Mulher” estivemos reunidas no I Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas durante os dias 18 a 21de fevereiro de 2013, em Brasília/DF. O Encontro Nacional do MMC contou com a presença da Presidenta da República Dilma Rousseff, da Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres Eleonora Menecucci, da Ministra da Secretaria dos DireitosHumanos Maria do Rosário, da Ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello, da Ministra de Articulação Institucional Ideli Salvatti, do Ministro Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Gilbertode Carvalho, do Ministro de Desenvolvimento Agrário Pepe Vargas, do Governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, do Presidente da Conab Rubens Rodrigues dos Santos, do Presidente do Incra Carlos Guedes de Guedes, do Diretor de Infraestutura Social de BNDS Guilherme Narciso de Lacerda, de Deputadas(os), Senadoras e outras autoridades vindas de todo o país. A Presidenta da Republica Dilma Rousseff assumiu o compromisso público de contribuir na efetivação da pauta entregue pelo Movimento de Mulheres Camponesas, e, em sua fala, manifestou a importância da luta e da participação política das mulheres, da força das mulheres camponesas e sua organização no Movimento autônomo. Este encontro trouxe e aprofundou o tema e os desafios que envolvem a luta pelo fim da violência contra a mulher, entendendo que a violência é resultado do sistema capitalista, da cultura patriarcal emachista que perpassa todas as dimensões da sociedade. Conscientes dos desafios para a superação daviolência concentramos nossos esforços em quatro grandes eixos de reflexão: a)As lutas camponesas feministas e populares; b) A produção diversificada dealimentos saudáveis; c) A Seguridade Social, universalização do salário maternidade e ampliação de 4 para 6 meses para todas as mulheres trabalhadoras; d) A importância da organização do Movimento Mulheres Camponesas. Após as plenárias houve o aprofundamento dos temas sobre: direitos reprodutivos e saúde da mulher; saúde integral, alimentaçãosaudável e diversificada, a luta contra os agrotóxicos, divisão social e sexualdo trabalho, políticas públicas, seguridade social, saúde pública, previdênciae assistência, a superação das desigualdades de gênero, raça, gerações e etnia; papel da mulher na agroecologia com destaque à necessidade da autonomia econômica, política e social das mulheres para o enfrentamento à violência. Foi destaque a MOSTRA DE PRODUÇÃO DAS MULHERES CAMPONESAS. Uma belíssima exposição trazendo uma grande diversidade desementes, plantas medicinais, artesanato e alimentos, dando visibilidade àimportância do trabalho das mulheres no projeto de agricultura camponesafeminista agroecológico. A CAMINHADA pelo fim da violência contra a mulher chamou atenção da sociedade pelo gesto de solidariedade às mulheres vítimas deviolência, pela indignação diante dos assassinatos e outras formas de violênciae o convite para mudança nas relações. Também serviu para fazer a denúnciajunto às autoridades e órgãos públicos da responsabilidade e urgência de medidas que possibilitem a todas as mulheres terem mecanismos e estrutura necessária para avançar no enfrentamento e o fim da violência. As diferentes manifestações durante o encontrocontribuiram para compreender os desafios colocados a fim de avançar na lutapela emancipação da mulher: Nossos desafios:
Nossos compromissos:
O Primeiro Encontro Nacional reafirmou a importância do Movimento de Mulheres Camponesas autônomo, feminista, camponês e socialista. Confirmou a missão do MMC de lutar pela libertação das mulheres trabalhadoras de qualquer tipo de opressão ediscriminação; a construção do projeto de agricultura camponesa feminista agroecológico e a luta pela transformação da sociedade. Para isso, é indispensável a luta, a organização e formação potencializando as experiências de resistência popular, onde as mulheres sejam protagonistas de sua história. “Na sociedade que a gente quer, |
Fonte: Movimento de Mulheres Camponesas – MMC/BR
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