Parceria para crescer no ritmo do Brasil é a bandeira da campanha de Cristina Almeida, candidata a prefeitura de Macapá. Tendo o PSB como o único partido em que se filiou, essa macapaense comemora o segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos na capital do Amapá. Deputada estadual e Secretária Nacional da Negritude Socialista Brasileira (NSB), percorre o estado em campanha, com coragem, determinação e comprometimento com a melhoria da qualidade de vida da população. Em Brasília para um jantar com as ministras de Dilma Roussef, Cristina Almeida honra o compromisso de apoio às candidatas que fazem parceria com o governo federal e ressalta a importância de uma prefeitura com obras e programas alinhados com os recursos federais disponíveis.
SNM – O que de positivo você pode falar sobre o recente encontro com as ministras da presidenta Dilma?
Cristina 40 – Cinco ministras da presidenta Dilma estavam presentes e considerei esse encontro extremamente positivo tanto para a campanha, quanto para o meu mandato. Tiramos centenas de fotos para a produção de material impresso de campanha, confirmando assim, o apoio das ministras às candidatas petistas e de legendas aliadas. Também ressalto que saí do encontro com a garantia de que sendo eleita, o governo federal vai investir em ações e obras em benefício do povo de Macapá.
SNM – Quais os maiores desafios de se enfrentar uma campanha para prefeitura da capital, Amapá, como mulher e negra?
Cristina 40 – Os desafios são enormes e o corpo a corpo é diário, mas muitos hoje apostam numa prefeita feminina. Atribuo esse fato a presidenta Dilma, que edificou um cenário político positivo demonstrando capacidade administrativa feminina nomeando mulheres para cargos estratégicos no governo. E o meu papel enquanto secretária da Negritude Socialista do PSB e candidata é lutar contra as injustiças ocasionadas pelo preconceito de cor ressaltando a importância da presença do negro e a compreensão de que desenvolvimento e sustentabilidade passam pelo entendimento do processo histórico de exclusão. O meu partido, por meio da NSB, investe na militância do segmento afrodescendente e já temos 17 estados organizados. Acredito que para o progresso, de fato, tem que se debater mecanismos de combate ao racismo.
SNM – Você tem o Projeto Gabinete Itinerante desde o mandato como vereadora e hoje como deputada estadual ainda mantém esse projeto. Ele é fundamental para traçar as diretrizes da campanha?
Cristina 40 – Com certeza. O Projeto Gabinete Itinerante é uma forma eficiente de debater as necessidades da população. Percorro cada canto do estado e identifico a realidade e especificidades de cada demanda. A prefeitura atual de Macapá está inábil. A contrapartida do estado para a maioria dos programas que recebe recursos do governo federal não está acontecendo. E para que o município se desenvolva é preciso assumir responsabilidades atreladas a parcerias. Um exemplo é a saúde preventiva das famílias em que 50% do valor é pago pelo governo federal e Macapá não tem, ainda, investimentos na ampliação das equipes de saúde da família. A educação básica infantil tem que ser assumida, pois o Estado só tem cinco creches que não funcionam como creche e sim como regime de pré-escola, ou seja, não temos creches. Há oito anos que foram iniciadas obras no Hospital Metropolitano e hoje estão paradas.
SNM – Quais os pontos mais importantes debatidos e defendidos na sua campanha, em prol de uma Macapá desenvolvida e quais as políticas públicas para as mulheres, mais urgentes, precisam ser implementadas ?
Cristina 40 – Macapá é uma cidade que precisa de soluções urgentes de melhoria de vida da população. É preciso estabelecer mecanismos para um desenvolvimento justo e sustentável com o foco na inclusão social. Todas as soluções que apresento na minha campanha contam com forte participação popular. Defendo a sustentabilidade por meio da economia verde e respeito ao meio ambiente, a intervenção e organização dos espaços urbanos, a transparência na gestão do orçamento público, a diversidade de raça, etnia e orientação sexual e o respeito nas questões de gênero. Para as mulheres vítimas de violência doméstica, por exemplo, vou disponibilizar um carro e uma lancha para zona rural e ribeirinha respectivamente, para viabilizar a denúncia, assim como também vou preparar uma casa abrigo municipal.
SNM – Quando você assumir a prefeitura de Macapá quais são os primeiros passos para a efetiva implementação das suas propostas?
Cristina 40 – Acredito que o mais importante é buscar a retomada da credibilidade junto aos governos do estado e federal. Ou seja, apresentar uma contrapartida real com apresentação de projetos viáveis e de resultados. Temos que mostrar trabalho sendo feito, pois quem realiza e fiscaliza é o parlamento e quando este silencia ou cega, não há quem cobre e realize.
Virgínia Rapôso Ciarlini – Assessora de Imprensa da SNM