Atletas e executivas ampliam participação tanto nas arenas de competições quanto na organização dos Jogos
Nos Jogos Olímpicos Antuérpia 1920, na Bélgica, 65 mulheres participaram de competições (Getty Images) Na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, em Atenas 1896, não houve provas femininas no programa. Quatro anos depois, em Paris 1900, as mulheres já entraram no jogo. Precisavam usar vestido com anáguas, meias com cinta-liga e chapéus para competir no tênis, no golfe e no croquet, mas aos poucos foram invadindo pistas, quadras, ringues… Foi um longo caminho até os Jogos de Londres 2012, quando finalmente as mulheres conseguiram, com a entrada no boxe, competir em todas as modalidades Olímpicas. No Rio 2016, as mulheres também estão nos dois esportes incluídos no programa Olímpico nesta edição: golfe e rugby. E o número de atletas inscritas chega perto da metade do total de competidores. O gráfico do Comitê Olímpico Internacional (COI) sinaliza a conquista feminina no esporte. Gradualmente o número de mulheres foi subindo nos Jogos Olímpicos em relação ao total de atletas: de 2,2% em Paris 1900 para 44,2% em Londres 2012, onde competiram 4.676 representantes do sexo feminino. Gráfico do COI mostra evolução do número de atletas por gênero nos Jogos Olímpicos da Era ModernaElas também cresceram na organização dos JogosNo Congresso Olímpico do Centenário – realizado em Paris, em 1994 -, o Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou a promoção de igualdade de oportunidades, com cotas para mulheres nos comitês Olímpicos nacionais. O Comitê Olímpico do Brasil (COB), por exemplo, seguiu a recomendação e, no ano dos Jogos Rio 2016, tem essa medida equalizada: dos 210 funcionários, 106 são mulheres e 104, homens. No Comitê Rio 2016, há uma gerência ligada ao departamento de Recursos Humanos que trata especificamente da diversidade e promove grupos de discussão. Sylmara Multini, diretora de Licenciamento e Varejo, é líder do Grupo de Gênero e se encarrega de checar o equilíbrio nos cargos do Comitê. Ela conta que vem aumentando o número de mulheres não apenas na base de empregos, mas em cargos de chefia. “Cerca de 20 pessoas participam do nosso grupo. Da necessidade de se falar em diversidade e igualdade de oportunidades, surgiram outros temas de conversa”, conta a diretora. Entre os temas estão as “frases que as mulheres escutam no ambiente de trabalho, não gostam e precisam dizer que não gostam”. Por conta dessas ações internas, o Comitê Rio 2016 ganhou do governo federal o selo de Pró-Equidade de Gênero e Raça, que é chancelado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e pela Secretaria de Políticas da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), ambas ligadas à Presidência da República.
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Fonte: Rio 2016
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