Essa data deve remeter a todos a importante reflexão do que realmente é uma sociedade justa e igualitária. Como mulheres e homens pensam sobre o crescimento do País quando os mais historicamente excluídos não são empoderados? Como ter um papel indutor no avanço do desenvolvimento social, da justiça e da igualdade?
A desigualdade em que as mulheres negras são submetidas é gritante. Portanto, nós, mulheres socialistas, contamos que a força da história nos ensine que o comportamento e não a cor é que difere as pessoas. Lutamos para que, juntos, os movimentos sociais do PSB contribuam, incansavelmente, para fazer valer o art. 5° da Constituição de 1988 que diz, “todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza”.
Negras e negros são agentes sociais que tiveram a própria história sobrepujada pela narrativa, enaltecida, sobre o arrojado e dinâmico empreendedorismo do homem branco no novo continente. E as mulheres negras foram, ainda mais, subjugadas. Protagonistas e fundamentais, sempre foram tratadas como coadjuvantes. E assim, foi escrita uma longa e tenebrosa história de escravidão, castigo, desigualdade, pobreza e exclusão.
Precisamos ter em mente que o disparate das desigualdades não vem da natureza e sim da cultura. Temos que agir com as ações voltadas para um futuro sem preconceito e longe da inferiorização de quem quer que seja perante a sociedade. Esse é um compromisso da Secretaria Nacional de Mulheres do PSB. Esse é um compromisso dos socialistas, que não abrem mão de lutar contra esse débito com os negros e negras nesse País. Para sermos realmente fortes temos que resgatar a dignidade de todos que fazem parte desse Brasil continental. Vamos continuar lutando, pois omissão é cumplicidade!
Dora Pires
Secretária Nacional de Mulheres do PSB
O 25 de julho marca o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha e no Brasil, também faz referência ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela representa todas as mulheres negras na homenagem que lhe foi prestada através da Lei que institui o 25 de Julho no Brasil. Nascida no século XVIII, ela chefiou o Quilombo do Piolho ou Quariterê, nos arredores de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Estado do Mato Grosso. Sob seu comando, a comunidade cresceu militar e economicamente, incomodando o governo escravista. Após ataques das autoridades ao local, Benguela foi presa, vindo a suicidar-se após se recusar a viver sob regime de escravidão. (Fonte: Ministério dos Direitos Humanos)