O Dia Internacional da Mulher, celebrado neste dia 8 de março, tem como desafio chamar a atenção para a garantia de melhores condições de trabalho, o combate à violência contra mulher, a conquista da igualdade de gênero e de maior espaço nas esferas do poder. A pauta é extensa e mobiliza os socialistas do PSB no país inteiro.
A secretária Nacional de Mulheres do PSB, Dora Pires, destacou, em nota nesta sexta-feira, que a eleição do atual governo expôs a fragilidade dos direitos das mulheres no Brasil.
“Em especial, neste 8 de março, queremos gritar aos machistas, misóginos e políticos que tratam nossa força política com desdém: não abaixaremos nossas cabeças e, tampouco, nos curvaremos para ideologias de direita, religiosas e opressoras. Buscamos a democracia paritária”, diz o texto.
Dora ressaltou ainda a aprovação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para destinar 30% das vagas e dos recursos partidários para candidaturas de mulheres nas eleições de 2018.
“Graças ao nosso esforço e união, a bancada feminina passou de 73 para 77 parlamentares, um aumento de 10 para 15% das 513 vagas na Câmara Federal. Ainda é pouco, mas é um avanço”, apontou com dados do Instituto Patrícia Galvão, que produz e divulga conteúdos sobre os direitos das mulheres brasileiras.
A secretária ainda lamentou a violência que acomete mulheres em todo o Brasil e afirmou ser “urgente o seu combate”.
O líder da bancada do PSB na Câmara dos Deputados, Tadeu Alencar (PE), afirmou que o dia 8 de março é para “celebrar a bravura, a força e a luta de todas as mulheres”.
“A igualdade de gênero deve ser o objetivo de todos para que possamos construir uma sociedade justa e igualitária. São muitos os desafios, mas devemos perseverar para que cada vez mais as mulheres sejam respeitadas em seus direitos, no âmbito familiar, profissional, social e político”, disse em texto publicado no seu Facebook.
Alencar ainda defendeu a união de força no combate à violência de gênero e a reflexão sobre as atitudes diárias de cada pessoa que, mesmo que sutilmente, contribuem para a manutenção do sistema patriarcal.
Jorge Kajuru, líder do PSB no Senado, criticou em discurso no plenário o pequeno número de parlamentares mulheres na Casa. “Cumprimento as sete senadoras neste colegiado de 81 parlamentares. E o número por si só já diz muito sobre a situação de desigualdade que atinge as mulheres desse imenso Brasil. Uma discrepância vergonhosa”, lamentou.
A deputada Lídice da Mata (BA) disse que este será o dia em que as mulheres vão registrar sua luta contra a violência, o feminicídio, o abuso sexual e a desigualdade de salários no Brasil.
“Neste ano, de forma específica, (a luta será) contra a Reforma da Previdência, que quer igualar a idade entre homens e mulheres para aposentadoria, inclusive da trabalhadora rural. Um absurdo inaceitável”, criticou.
Para a deputada Liziane Bayer (RS), o maior desafio a ser enfrentado é reconhecer que a mulher se tornou fundamental na sociedade atual. “A mulher pode desempenhar a função que bem entender. Desde que se qualifique, se capacite para aquilo, não tem uma função que a mulher não consiga não possa executar. A sociedade precisa compreender isso e nós mulheres precisamos nos apoiar e juntas enfrentar os desafios”.
Já a socialista Rosana Valle (SP) destacou que as mulheres já tiveram muitas conquistas, mas ainda é preciso muito trabalho no Congresso Nacional para que as mudanças na sociedade aconteçam.
“Debatemos o tempo todo no Congresso a criação de políticas públicas e leis de combate ao feminicídio, ainda tão presente em nossa sociedade. As mulheres ainda ocupam menos cargos de chefia. A presença da mulher ainda precisa aumentar muito nos espaços de poder”, citou.
A respeito da atuação do Congresso na criação de políticas públicas contra a violência de gênero, a senadora socialista Leila Barros acredita que esses crimes poderiam ser evitados, pois a Lei Maria da Penha prevê mecanismos eficazes para proteger as mulheres de seus agressores. “Falta uma resposta à altura da lei no plano da nossa realidade fática. Temos que combater a morosidade no deferimento das medidas protetivas”, defendeu.
Fonte: PSB Nacional