Deputada cutuca parlamentar do PSOL e diz que suas propostas para habitação são ‘bem menos paternalistas’
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP), pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, foi neste sábado à Ocupação 9 de Julho, no centro da capital paulista. Ela falou sobre a luta por direito à moradia, pauta cara a Guilherme Boulos (PSOL-SP), líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que deve ser adversário da pessebista nas eleições de 2024.
Tabata disse que nasceu e foi criada em uma ocupação e que suas teses sobre o assunto não são baseadas em discussões partidárias ou teorias acadêmicas.
“Se eu tenho a oportunidade de trazer uma visão diferente, bem menos paternalista do que essas pessoas, que acham que sabem o que o povo quer, eu vou usar esses espaços para falar da minha história, das minhas ideias, para chamar para apoio”, disse Tabata em referência ao deputado do PSOL.
O evento faz parte do “gabinete itinerante”, uma iniciativa do mandato de Tabata na Câmara — que, em 2022, centralizou as ações na capital paulista. Junto com a deputada, estiveram o vereador Eliseu Gabriel e a professora Lúcia França, candidata à vice-governadora na chapa de Fernando Haddad nas últimas eleições, esposa do ministro Márcio França e provável candidata à Câmara Municipal paulistana próximo pleito.
A agenda foi organizada por Carmen Silva, que também pode sair como vereadora pelo PSB. Ela coordena as políticas de diversidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, de Geraldo Alckmin, e é ativista na luta por moradia.
Em levantamento sobre a intenção de votos, o instituto Paraná Pesquisas divulgou há cerca de um mês 35,1% de apoio a Boulos, 29% ao atual prefeito Ricardo Nunes, 7,5% a Tabata Amaral e 5,3% ao também deputado federal Kim Kataguiri (União-SP). O estudo ouviu 1.066 eleitores de São Paulo.
Enquanto Tabata visitava a ocupação, Boulos cumpria agenda na Vila Hebe, zona noroeste da cidade. O prefeito Ricardo Nunes foi a um evento de inovação no Brooklin.