Instituto divulgou retrospectiva de dez anos de pesquisa de emprego. Em 2012, pretos ou pardos ganhavam 56,1% do salário dos brancosEm 2003, as mulheres ganhavam em média 70,8% do salário dos homens. Em 2012, o percentual subiu para 72,7%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (30). Mas em Belo Horizonte a proporção é bem menor: 65,6%, a mais baixa de todas as seis regiões metropolitanas pesquisadas. Junto com a pesquisa sobre mercado de trabalho de dezembro, que registrou uma taxa de desocupação de 4,6%, a menor de toda a série histórica, o IBGE fez uma retrospectiva dos indicadores da pesquisa de emprego, que começou em março de 2002. A PME mobiliza por mês 450 entrevistadores que visitam 45 mil domicílios e entrevistam 120 mil pessoas em seis regiões metropolitanas do país: Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, e Rio Grande do Sul. Segundo a pesquisa de emprego divulgada nesta quinta pelo IBGE, em 2012, trabalhadores de cor preta ou parda no país ganhavam em média 56,1% do salário dos trabalhadores brancos, proporção maior do que a registrada no início da pesquisa: em 2003 um trabalhador preto ou pardo ganhava 48,4% do salário de um branco. (Os termos branco, preto e pardo são utilizados no relatório oficial do IBGE) Em Salvador, foi registrada a menor proporção entre os salários: 44,2% em 2012. Mas já foi pior: em 2003, o trabalhador preto ou pardo em Salvador ganhava em média apenas 32,3% do salário do branco. O rendimento também melhorou, em termos proporcionais, para quem os sem instrução ou com menos de 20 anos de estudo: enquanto em 2003 ganhavam em média R$ 639,94 por mês, em 2012 o salário médio registrado entre os sem instrução foi de R$ 952,67, um crescimento de 37,3%. Já os rendimentos dos trabalhadores de nível superior tiveram melhora inexpressiva em nove anos: 0,7%. Em 2003 a média de salário dos empregados de nível universitário era de R$ 4.071,37; e, 2012, a média salarial ficou em R$ 4.098,09, segundo o IBGE. Ainda este ano, a PME será substituída pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que será divulgada pelo instituto mensalmente com dados de ocupação da população. A Pnad 2009-2011, divulgada em setembro de 2012, visitou 146 mil domicílios e entrevistou 359 mil pessoas. Ao contrário da PME, que foca seu trabalho na área urbana, a Pnad visita também a zona rural do país.
|
Fonte: G1
|