O governo Obama está redobrando seus esforços para acabar com a violência sexual nos Estados Unidos e em todo o mundo. Em 22 de janeiro, o presidente Obama anunciou o lançamento de um novo relatório que detalha os esforços do governo para fazer mais para proteger mulheres e meninas da violência. “Estupro e Agressão Sexual: Uma Nova Chamada à Ação” analisa os mais recentes dados confiáveis sobre a agressão sexual nos Estados Unidos, cataloga as ações tomadas até agora para combater o problema e identifica áreas para ações futuras. “A violência sexual é mais do que apenas um crime contra indivíduos”, disse Obama em uma reunião dia 22 de janeiro para o Conselho da Casa Branca para Mulheres e Meninas. “Ameaça as nossas famílias; ameaça as nossas comunidades; em última análise, ameaça a todo o país. Dilacera a estrutura das nossas comunidades.” Mas o presidente acrescentou: “Temos o poder de fazer algo sobre isso enquanto governo, enquanto nação. Temos a capacidade de erradicar a agressão sexual, apoiar aqueles que sobreviveram à ela e levar os agressores à justiça.” Quase uma em cada cinco mulheres americanas foi estuprada durante a sua vida, de acordo com o relatório. Quase 98% dos agressores são homens. Observando que a luta contra a violência sexual começou com uma mudança fundamental na atitude cultural dos Estados Unidos, Obama disse que a sociedade precisa “orientar os jovens, homens e mulheres, para perceber que a agressão sexual é simplesmente inaceitável”. “Temos que continuar a educar os homens jovens em particular”, disse Obama, “para que mostrem às mulheres o respeito que merecem, reconheçam a violência sexual e fiquem indignados com isso, e façam a sua parte para impedir que chegue a acontecer.” De acordo com Obama, o compromisso dos Estados Unidos para acabar com a violência de gênero está consagrado na Lei de Combate à Violência contra a Mulher, legislação liderada pelo vice-presidente Biden, quando serviu como senador. O ato, reautorizado pela terceira vez por Obama em 2013, financia a formação de detetives, promotores, prestadores de assistência médica e defensores de vítimas. Também financia a formação de enfermeiras examinadoras de agressão sexual, que prestam terapia de suporte às vítimas durante a coleta de provas forenses após uma agressão sexual. O Conselho da Casa Branca para Mulheres e Meninas, promulgado por meio de ato do Executivo de Obama em 2009, tem a responsabilidade de assegurar que as agências federais cumpram com sua obrigação de erradicar a violência sexual. O conselho tem como membros os chefes de todas as agências federais e do escritório central da Casa Branca, e é o ponto central para coordenar e cooperar com os objetivos gerais do governo. “Você pode julgar um país, e quão bem sucedido ele será, com base em como ele trata as suas mulheres e meninas”, disse Obama. “As nações bem-sucedidas assim o são, em parte, porque suas mulheres e meninas são valorizadas. E estou determinado que, por essa medida, os Estados Unidos da América serão o líder global.” Enfrentar a violência sexual é “a pedra fundamental dos esforços do governo [Obama] para promover o empoderamento das mulheres e a igualdade de gênero em todo o mundo”, segundo Catherine Russell, embaixadora-geral do Departamento de Estado para Questões Globais da Mulher. Em depoimento à Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos em 20 de novembro de 2013, Catherine Russell disse que a violência contra mulheres e meninas é uma “epidemia global”. “Em todo o mundo, uma em cada três mulheres sofrerá abusos físicos ou sexuais durante a sua vida”, disse Catherine Russell. Catherine Russell declarou que a violência sexual mina a dignidade, o estado geral de saúde e os direitos humanos de milhões de indivíduos que são vítimas dela, bem como a saúde pública, a estabilidade econômica e a segurança das nações. Em parceria com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, o Departamento de Estado, disse Catherine Russell, apoia os esforços dos governos locais para investigar e processar crimes de violência sexual; prestam serviços jurídicos e psicológicos aos sobreviventes; promove a prevenção, educando as comunidades e se envolvendo com partes interessadas importantes, incluindo homens, meninos e líderes religiosos; e melhora a capacidade dos meios de comunicação e da sociedade civil para abordar estas questões. “Trabalhamos também com o setor privado para identificar programas criativos e inovadores para prevenir e responder à violência sexual”, disse Catherine Russell. “Trabalhamos para criar oportunidades, por meio de investimentos em educação para o empreendedorismo, que ajudarão mulheres e meninas a superar barreiras e capacitá-las a ser menos vulneráveis à violência, à exploração, à brutalidade e ao abuso.” Relatório da Casa Branca sobre violência sexual (PDF, 447KB) |
Fonte: Depto de Defesa dos EUA
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