O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, defendeu nesta segunda-feira (5) que o exemplo de nomes históricos do partido seja seguido pelos candidatos nas eleições municipais deste ano.
No evento de lançamento da 4ª edição da Revista Politika, no Hotel Guanabara no Rio de Janeiro, Siqueira reafirmou para as mais de 400 pessoas presentes o compromisso dos socialistas com a transformação social e também defendeu uma “mudança profunda” no sistema federativo do país, com mais poder e recursos para Estados e municípios. Participaram o vice-presidente nacional de Relações Governamentais do PSB, Beto Albuquerque; o presidente da Fundação João Mangabeira (FJM), Renato Casagrande e o presidente do PSB no Rio de Janeiro, deputado federal Hugo Leal. O lançamento da revista faz parte das comemorações do centenário de Miguel Arraes. Além de Miguel Arraes e Eduardo Campos, Siqueira citou como exemplos Pelópidas da Silveira, primeiro prefeito de capital eleito pelo PSB, reeleito duas vezes no Recife; Yves Ribeiro, eleito prefeito seis vezes, em três municípios diferentes de Pernambuco, sempre pelo PSB; e o vice-governador Márcio França, eleito prefeito de São Vicente com 93% dos votos válidos. Também destacou o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda; o prefeito Geraldo Julio, que vai à reeleição no Recife; e Wander Borges, prefeito de Sabará, reeleito com 96% dos votos válidos. “Temos dezenas de exemplos para nos espelhar. E não foi por acaso que a média de reeleição do PSB foi de 75,8%, enquanto em São Paulo foi de 55%. Isso não acontece por acaso, é resultado de planejamento”, afirmou, citando a contribuição da FJM para a qualificação dos candidatos do PSB. “Nós não estamos defendendo somente o fato de ser governo ou não, nós queremos ser governo para mudar, nós queremos ser governo para transformar, nós queremos ser governo para melhorar a vida das pessoas e se não for assim, não vale a pena”, destacou Siqueira, sobre o processo eleitoral de 2016, onde o PSB tem candidaturas em cerca de 1 mil cidades brasileiras. O presidente do PSB reafirmou que “o monopólio da esquerda é o compromisso com aqueles que mais precisam da ação do poder público”. E esse compromisso, acrescentou em seu discurso, é latente, por exemplo, no processo eleitoral e na forma como o PSB tem administrado importantes cidades brasileiras. Durante sua manifestação, Carlos Siqueira apontou como uma das grandes heranças malditas do governo deposto de Dilma Rousseff foi não ter repassado cerca de R$ 120 bilhões aos municípios brasileiros. Esses recursos deixaram de ser recolhidos pela União após um amplo processo de renúncia fiscal que beneficiou, em sua maioria, apenas uma elite empresarial, criticou o socialista. Segundo ele, a ausência destes recursos piorou ainda mais a vida dos prefeitos que já lutam com recursos escassos para administração municipal. “Os municípios, os estados precisam ter mais poder e mais recursos para resolver os problemas que estão batendo na porta de cada governante no país inteiro”, disse Siqueira ao defender uma ampla profunda mudança no pacto federativo nacional. “Valores inegociáveis” Já o vice-presidente nacional de Relações Governamentais do PSB, Beto Albuquerque, disse que a ex-presidente sofreu impeachment porque quebrou dois valores “inegociáveis” na política: confiança e credibilidade. O socialista criticou a corrupção, a especulação financeira e os altos gastos com a dívida pública no país durante os governos de Dilma. “Nós queremos menos dinheiro lá no capital e mais dinheiro no trabalho e na produção. Precisamos recuperar menos a especulação e mais o trabalho, o investimento e o empreendedorismo porque, senão, jamais vamos fazer desse país um país democrático verdadeiramente, um país justo em todas as esferas”, afirmou. Sobre as eleições municipais, Beto Albuquerque disse que os candidatos socialistas devem aprender com os erros dos adversários para não repeti-los no governo. Ele conclamou os colegas de partido a construírem um projeto próprio para 2018 a partir de agora. “É aqui que começa a mudança. Nós não vamos mudar o Brasil se formos incapazes de mudar, cada um de nós, a nossa cidade”, disse. |
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Fonte: PSB Nacional 40
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