Durante operações de resgates, crianças e adolescentes foram conduzidas a abrigos diferentes dos locais para onde foram levados os responsáveis e sem cadastro ou identificação
O Conselho Tutelar de Canoas, no Rio Grande do Sul, afirma que há pelo menos 250 crianças que desapareceram desde a última sexta-feira (03), quando a cidade passou a ser atingida por inundações.
O órgão esclarece que se trata de um desencontro das famílias, devido ao direcionamento das vítimas das enchentes. Os salvamentos realizados por equipes da Defesa Civil e forças de segurança conduziram as vítimas a diversos abrigos sem registro e, muitas vezes, separadas dos demais familiares.
O município de Canoas concentra 61 abrigos, onde estão pessoas de todas as idades que tiveram que deixar suas casas. Devido à situação emergência dos resgates, as vítimas foram distribuídas em pontos mais próximos às rotas dos salvamentos seguintes e não houve cadastro de desabrigados e desalojados ligado aos seus respectivos familiares, ou seja, crianças e adolescentes foram alojadas em abrigos distintos de seus responsáveis, sem identificação.
Até a noite desta segunda-feira (06), 250 crianças foram declaradas como desaparecidas pelos seus pais ao Conselho Tutelar. O órgão ainda acredita que crianças podem ter sido conduzidas para outras cidades do estado.
A CNN solicitou posicionamento da prefeitura e da Defesa Civil e aguarda retorno.
Novo alerta vermelho
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta segunda-feira (6) um novo alerta vermelho –de grande perigo– para tempestades na região sudeste do Rio Grande do Sul. O estado já vem sendo castigado há dias por fortes chuvas, que resultaram na morte de ao menos 83 pessoas.
O alerta é válido até o meio-dia da próxima terça-feira (7). Segundo o Inmet, a previsão é de acumulados de chuva superiores a 100 milímetros por dia, além de ventos de mais de 100 km/h e queda de granizo.
Há “grande risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário”.
Fonte: CNN Brasil