A ministra do Esporte, Ana Moser, falou ao jornal O Globo sobre a pressão por uma reforma ministerial que pode tirá-la do cargo.
O que aconteceu:
- Ana Moser diz que a escolha é do presidente. “Estou aqui por um convite do Lula. Se o presidente quiser, terá o lugar de volta”.
- O centrão cobra de Lula mais cargos de alto escalão para garantir apoio no Congresso. Alguns dos cargos cobiçados são femininos. O principal deles foi a chefia da Saúde, da ministra Nísia Trindade, mas Lula já negou essa pasta ao PP.
- Se quer segurar mulheres, Lula terá de cortar “na própria carne”, ouviu do centrão. Para isso, restam pastas do PSB ou de petistas históricos —o que não tem agradado aliados. Do PSB, são sondados os Ministérios de Portos e Aeroportos, de Márcio França, e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, de Alckmin.
Já se falou que acabou [que Moser não cairia mais], mas a gente sabe que não acabou, que vai continuar e que faz parte da dinâmica da briga de poder, da relação destas narrativas externas.
O Esporte é um ministério que tem capilaridade, tem eleições municipais ano que vem e é uma presença importante, né? E porque eu não tenho um vínculo partidário. A questão, também, é que muitas vezes é mais fácil tirar a mulher do que o homem.
Se é um ambiente tradicionalmente masculino, fica mais fácil tirar a mulher do que o homem. Tem vários fatores aí, a força do Congresso frente ao Executivo…